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Desde o final de 2010, circulam comentários nos bastidores sobre o crescente interesse da Embraer pelo setor espacial. A empresa tem buscado entender sua dinâmica, conhecer projetos e perspectivas, e tem também analisado algumas oportunidades que lhe foram apresentadas. Visitas a ou de empresas nacionais e mesmo estrangeiras visando parcerias já ocorreram e continuar a acontecer.
Todo esse processo tem sido liderado pela Embraer Defesa e Segurança, unidade da fabricante aeronáutica cuja criação foi anunciada em 10 de dezembro de 2010, com o objetivo de atender as necessidades em defesa tanto do Brasil como para o mercado de exportação. Em press release divulgado à época, a companhia brasileira anunciou que seu interesse em defesa não se restringia apenas a aeronaves e sistemas embarcados, "mas também em soluções integradas para outras aplicações, inclusive para os segmentos de Comunicação, Computação, Comando, Controle e Inteligência (C4I) e de treinamento."
O curioso é que a empresa tem olhado oportunidades não apenas envolvendo satélites e redes de comunicações (algo relativamente lógico se considerarmos a intenção da Embraer em se envolver com projetos de redes de monitoramento, como o Sisfron), mas também em outros segmentos espaciais, alguns até surpreendentes.
A propósito, sobre a nova unidade da Embraer e suas áreas de interesse, recomendamos a leitura do artigo "Defesa e segurança, objetivos ampliados", de autoria de Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, publicado na "Folha de S. Paulo" em 17 de fevereiro de 2011.
Aguiar, apesar de se referir aos setores de defesa e segurança e não citar diretamente o ramo espacial, menciona três grupos tomados por paradigma: Boeing (EUA), e EADS (França, Alemanha, Espanha) e Finmeccanica (Itália). Os três grupos têm significativa atuação na área espacial.
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