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Deputado do MA participa de reunião na Ucrânia sobre base aérea de Alcântara
28 de março de 2009 às 08:43
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa de Alcântara, deputado federal Ribamar Alves, chegou nesta quinta, 25, da Ucrânia, onde esteve integrando a delegação brasileira na terceira reunião ordinária do Conselho de Administração da empresa binacional Alcântara Cyclone Space.
Alves foi o único parlamentar na visita que contou com a participação de representantes da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem; do Ministério da Ciência e Tecnologia, Alexandre Navarro; e do Diretor Geral no Brasil da Alcântara Cyclone Space, Roberto Amaral.
Durante a visita foram analisados os avanços técnicos e políticos do projeto da empresa. A reunião aprovou ainda o orçamento 2009, o regimento interno do Conselho de Administração, a demonstração financeira do exercício de 2008 da empresa, e a criação, em Alcântara, de um escritório da empresa.
O deputado destacou os pontos positivos da reunião no sentido de reforçar o compromisso dos dois países, principalmente do empenho do governo brasileiro, com o acordo de implantação do Centro de Lançamento: “mais do que isso, o projeto é de grande importância para os dois países. Para o Brasil, que entrará num grupo restrito das nações que detém tecnologia para as pesquisas aeroespaciais, e a Ucrânia, que neste momento de crise, consegue diminuir os custos com o lançamento de foguetes”, avalia o deputado.
A cidade de Alcântara é um lugar privilegiado devido sua proximidade com a linha do Equador, podendo gerar no lançamento de foguetes e satélites uma economia de cerca de 30% de combustível. No entanto, o Brasil ainda é um país dependente de tecnologia. O acordo, além de impulsionar o domínio das pesquisas aeroespaciais, deverá gerar emprego e impulsionar a economia.
O acordo prevê os lançamentos dos primeiros foguetes para 2010, mas o cronograma está atrasado em virtude dos entraves na discussão com as comunidades quilombolas centenárias que habitam a região. A missão da Frente Parlamentar criada ano passado é debater a questão e tentar conciliar os interesses do Programa Espacial do Governo Brasileiro e das comunidades que habitam o território e dependem dele para sobreviver.
Fonte: Jornal Pequeno
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2 comentários:
O deputado destacou os pontos positivos da reunião no sentido de reforçar o compromisso dos dois países, principalmente do empenho do governo brasileiro, com o acordo de implantação do Centro de Lançamento: “mais do que isso, o projeto é de grande importância para os dois países. Para o Brasil, que entrará num grupo restrito das nações que detém tecnologia para as pesquisas aeroespaciais, e a Ucrânia, que neste momento de crise, consegue diminuir os custos com o lançamento de foguetes”, avalia o deputado.
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O que o Deputado disse (em destaque) é preocupante. Não se pode confundir os lançamentos do Cyclone-4 com o domínio da tecnologia de lançadores pelo Brasil. Não tem nada a ver. O acordo de salvaguardas Brasil/Ucrania não prevê repasse da tecnologia ucraniana para nós.
Meu medo é que com o lançamento do Cyclone-4 a partir de Alcantara, traga à classe política nacional a falsa impressão de que dominamos a tecnologia de lançadores pensando o lançador ucraniano como se brasileiro fosse e com isso não mais apoiar o VERDADEIRO Programa Espacial Brasileiro.
Abraço a todos.
Pedro,
Há um programa de mestrado que será lançado na UNB com auxílio da Ucrânia. Entendo que não há como haver repasse se não tivermos técnicos e cientistas bem orientados neste setor, é algo que precisamos correr, pois nossa experiência maior não é com vetores de combustível líquido e de maior porte. Irá haver repasse se as instituições, empresas e governo trabalharem em conjunto e com planejamento. O importante é o que e quando vamos ter os benefícios. O programa ACS trará benefícios econômicos? Sim é bem possível. Tecnológicos? Depende do que o governo quiser...
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