terça-feira, 10 de março de 2009

Tecnologia & Defesa n° 116

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A edição n° 116 da revista Tecnologia & Defesa começou a circular há duas semanas. Não há nesse número nenhuma matéria específica sobre Espaço, mas o assunto é abordado em três momentos. Numa entrevista com Laurent Mourre, diretor-geral da Thales International no Brasil, na qual, entre outros temas, abordamos a presença do grupo no País, e também suas perspectivas na área espacial. A Thales, por meio de sua controlada brasileira Omnisys, já participa do programa CBERS, mas pretende ampliar sua participação no Programa Espacial, em projetos como o da Plataforma Multimissão (PMM) e do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). O grupo também já vendeu dois satélites de comunicações para a Star One, subsidiária da Embratel, e está negociando mais um, o Star One C3.

Na matéria "Acordos entre Brasil e França tomam forma", de minha autoria, abordei brevemente algumas das perspectivas de futuros negócios entre os governos e empresas do Brasil e da França, inclusive em tecnologia espacial. É o caso do SGB.

Por último, em minha coluna "Defesa & Negócios" há uma nota sobre o satélite Amazônia 1, e a compra do subsistema de controle de atitude e órbita da INVAP, da Argentina, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em parte da nota, escrevi: "No final de 2007, o INPE já havia adotado prática similar a do ACDH em relação a componentes para os satélites sino-brasileiros de recursos terrestres CBERS 3 e 4, que poderiam ter sido licitados junto à indústria nacional. Os componentes, avaliados em mais de 23 milhões de reais foram adquiridos sem licitação na China. Representantes da indústria nacional até tentaram interferir no processo, sem sucesso."

Ainda esse ano, teremos muitas novidades sobre Espaço na Tecnologia & Defesa. Aguardem.
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3 comentários:

Duda Falcão disse...

Olá Mileski!

Analisando com ponderação a compra do subsistema de controle de atitude e órbita da INVAP argentina e a de componentes para os novos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres adquiridos na China, cheguei a conclusão que esses atos não se justificam. Não sou contra a compra de equipamentos e componentes quando não existe tecnologia ou conhecimento para que os mesmos sejam fabricados por empresas brasileiras. No entanto, não é essa a situação. O que é mais estranho nessa história toda é que essa posição do INPE vai de encontro com o que o governo tem sinalizado quando defende o fortalecimento das empresas brasileiras de alta tecnologia e de defesa. Ou seja, é um contracenso. Não me supreenderei se nos próximos capítulos dessa novela a AEB/INPE/IAE/CTA não venham adotar a plataforma suborbital (módulo de carga útil se preferir assim) argentina testada na Operação Angicos (2007) em detrimento da PSO (Plataforma Suborbital)desenvolvida para o Programa de Micogravidade, testada em vôo anos antes e abandonada ao que parece. Vamos aguardar.

Abs

Duda Falcão

O Observador disse...

Olá Mileski, boa noite.

Você disse em uma de suas postagens anteriores que havia tido acesso ao contrato do ACDH e que estaria publicando aqui no blog detalhes deste contrato entre INVAP e INPE. Quando vai ser?

Eu confio que esta foi a primeira e ultima compra de um ACDH na Argentina pois acredito que um ACDH nacional não tardará a ser fabricado por aqui.

Outra coisa, você poderia pesquisar e publicar informações sobre a quantas anda o desenvolvimento da Plataforma Inercial no Brasil. Soube que nos últimos anos esta tecnologia evoluiu muito por aqui e que estaria planejado já para 2010 no lançamento do VLS-1B a utilização de uma plataforma inercial totalmente nacional. Fica como uma sugestão de tema para suas alguma de suas proximas (e sempre excelentes) reportagens.

Um abraço!

Andre Mileski disse...

Olá, Pedro. Sim, tive acesso ao contrato e vou sim postar comentários a respeito. Minha ideia é fazer isso amanhã (quarta-feira, 11). Em relação aos sistemas inerciais, esse assunto é bem interessante e tenho sim alguns planos de escrever sobre ele, algo como um status dos projetos que temos no Brasil hoje. Atualmente, existe um esforço conjunto entre o CTA (IAE, IEAv), INPE e universidades para desenvolver sistemas inerciais de aplicações aeroespaciais operacionais. Em breve teremos algo aqui no blog a respeito, pode cobrar. Quanto aos elogios, muito obrigado. É sempre importante ter algum feedback (seja positivo ou negativo), e também sugestões de temas. Abraço.