sábado, 14 de março de 2009

Optovac: de imageador termal a sensor de estrelas

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Ainda que com muitas dificuldades, várias indústrias brasileiras de pequeno porte atuantes nos setores de alta-tecnologia têm desenvolvido com sucesso projetos inovadores em áreas consideradas estratégicas. Esse é o caso, por exemplo, da Optovac, pequena indústria do setor de optoeletrônica com sede em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

A Optovac desenvolveu uma câmera de imageamento termal, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que destinou ao projeto R$ 2,5 milhões por meio do Programa de Subvenção Econômica à Inovação. Essa tecnologia foi abordada em matéria publicada (para lê-la, clique aqui) na edição de março de 2007 da revista Pesquisa FAPESP. No final de dezembro de 2008, disponibilizamos no web-site da revista Tecnologia & Defesa uma pequena notícia com os vídeos da câmera termal: "Vídeos da primeira câmera de imagem termal desenvolvida no Brasil".

A matéria da revista da FAPESP também menciona o projeto de sensor de estrelas desenvolvido pela Optovac, qualificado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Leiam o parágrafo abaixo:

"Sensor de estrelas - Criada em 1986, a Optovac iniciou sua atuação criando válvulas para alto-vácuo e controle de fluxo para hexafluoreto de urânio utilizadas no desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear brasileiro. Em seguida, passou a projetar e construir equipamentos especiais para universidades e centros de pesquisa. Mais recentemente desenvolveu e produziu kits para ensino de ciência em escolas de nível médio e fabricou telescópios para astrônomos amadores. No ano passado, a empresa foi qualificada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para desenvolver e fabricar uma lente objetiva com nove elementos de vidro óptico de alta qualidade e resistentes à radiação cósmica para ser utilizada em sensores de estrelas para satélites. Esses sensores são equipamentos que, apontados para as estrelas, permitem que os computadores dos satélites definam com exatidão a posição em que ele – o satélite – se encontra no espaço."

A Optovac participou, em consórcio com a Equatorial Sistemas, de São José dos Campos (SP), da concorrência do INPE para o fornecimento do imageador AWFI (Advanced Wide Field Imaging) para o satélite brasileiro Amazônia 1. A concorrência foi, porém, conquistada pela Optoetrônica, de São Carlos (SP).
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2 comentários:

Duda Falcão disse...

São informações como essa Mileski que ao mesmo tempo em que nos deixam orgulhosos também nos deixa tristes pelo que aconteceu com o ACDH. Parabéns a Optovac, a Equatorial Sistemas, a Optoetrônica, a Mectron, a Cenic, a COMPSIS, a Sygma, a Avibras, a Embraer e tantas outras empresas de alta tecnologia do setor aeroespacial brasileiro que continuam atuantes desenvolvendo tecnologia de ponta nessa área tão importante para o nosso país.

Abs

iurikorolev disse...

Caro Mileski
É muito bom ler uma noticia como esta.
Entretanto no Brasil (pais tropical bonito por natureza...) essas pessoas não contam com muito prestígio na sociedade.
Muito diferente da China, país inteligente que sabe plantar para o futuro, em que os cientistas são celebridades nacionais.