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O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, enviou hoje (17) um e-mail ao blog com alguns esclarecimentos sobre a postagem "Ainda sobre o balanço da indústria aeroespacial". Reproduzimos abaixo os comentários de Câmara, e também aproveitamos a oportunidade para, mais uma vez, agradecer publicamente a atenção dada pelo diretor ao blog:
"1. Como você mostrou bem, a contratação da indústria está aumentando sistematicamente, graças ao INPE. A questão agora é como fazer que a tendência de crescimento se mantenha.
2. O INPE quer aumentar o tamanho do programa espacial, com satélites que sejam ao mesmo tempo úteis para a sociedade e que possam ser construídos pela nossa indústria. Combinar relevância social com desenvolvimento industrial não é fácil, mas é necessário.
4. No Brasil de hoje, os satélites de relevância social que deveriam ser financiados pelo governo são basicamente os de observação da terra (imageamento, meteorologia, clima) e científicos (astrofísica e geofísica).
5. Estou convicto que o Brasil pode ter um programa espacial de um tamanho adequado (US$ 300-400 milhões por ano) se optar por produzir os satélites de observação da terra e científicos que precisamos.
6. Considere um programa espacial que contrate US$ 200 milhões por ano na indústria brasileira. Isto manteria um parque industrial de cerca de 2.000 empregos qualificados (média de 100 mil dólares por ano por empregado-empresa).
7. Este cenário é factível, se o programa espacial brasileiro alinhar-se com o resto do Brasil. Nossa vocação é ser uma potência ambiental no século 21, com um crescimento baseado em energias limpas e que preserva nosso meio-ambiente.
8. A vocação natural do nosso programa espacial brasileiro é para desenvolver atividades de caráter civil e científico, que apoiem a projeção internacional de nosso "soft power". O INPE trabalha para que o programa espacial brasileiro suporte nosso projeto de nação para o século 21. Acreditamos em nosso projeto e temos convicção que nossa visão é a melhor para o Brasil."
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