.
Segundo o blog apurou em Brasília (DF), já foi definido o nome do novo Diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira (AEB). O nome está há cerca de trinta dias na Casa Civil aguardando uma aprovação final.
De acordo com informações recebidas de fonte que acompanha o processo desde o seu início, o indicado é oficial da reserva da Aeronáutica, com passagem em institutos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de São José dos Campos (SP).
O indicado irá ocupar a diretoria antes comandada pelo Brig. Antonio Hugo Pereira Chaves, exonerado no início de setembro em razão de tensa discussão com o diretor-geral da Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral (saibam mais em "Exoneração do Brig. Chaves da AEB").
.
6 comentários:
Olá Mileski!
Está ai em minha modesta opinião um grande exemplo de como o Programa Espacial Brasileiro é mal conduzido. A saída do Brig. Antonio Hugo Pereira Chaves da AEB para satisfazer os caprichos do senhor Roberto Amaral é um exemplo da ingerência política atuante no programa e da incompetência gerencial do senhor Carlos Ganem que jamais poderia permitir que essa situação ocorresse, mesmo que lhe custasse o emprego. O brigadeiro perdeu o cargo, é verdade, mas na realidade quem perdeu foi o PEB e o Brasil. Segundo pude apurar o Brigadeiro é PhD em Engenharia Espacial em Toulouse, na França, ex-piloto da Esquadrilha da Fumaça, considerado “top gun” na Aeronáutica e tido como o maior conhecedor atualmente do país na área de foguetes. Já o senhor Roberto Amaral é conhecido por falar demais, pela sua incompetência política uma vez mais demonstrada na condução da ACS, onde o mesmo vem colocando constantemente sobre os ombros de outros órgãos do governo (interessantemente endossado pelo senhor Carlos Ganem) a sua incompetência no gerenciamento da implantação do sitio de lançamento do Cyclone-4. Vale lembrar que esse mesmo governo que ele acusa de esta sabotando suas ações é o mesmo governo que propaga constantemente internamente e no exterior a importância estratégica desse programa. Portanto há algo de muito errado nisso.
Abs
Duda Falcão
Pouco importa quem seja o novo diretor se ele terá de aceitar calado.
O Chaves era defensor de maior participação brasileira na operação do Cyclone-4.
Não aprenderemos nada com esse programa da ACS já que nenhum profissional vai poder sequer observar/participar da preparação do foguete e da operação de lançamento. Parece pouca coisa, mas a experiência agregaria bastante coisa em futuros passos do nosso programa espacial.
abraços
Olá Raul!
Tudo bem contigo? Olha, quando você disse: “Pouco importa quem seja o novo diretor se ele terá de aceitar calado” só vem endossar a minha posição de que um dos grandes problemas do PEB é a ingerência política incompetente que o mesmo sofre.
Agora pela informação que eu tenho, o acordo não prevê a participação de técnicos brasileiros na construção do foguete, é verdade, mas prevê sim a participação dos mesmos na sua integração na plataforma e conseqüentemente no seu lançamento, totalmente diferente do acordo que foi assinado com os EUA e recusado pelo Congresso Brasileiro. O que o programa não prevê é o que o senhor Roberto Amaral vive dizendo pela mídia, ou seja, a transferência de tecnologia desse foguete. No entanto, existem rumores de que pela dificuldade que os ucranianos estão enfrentando para obter as partes sensíveis de origem russa desse foguete (os russos não estão nada satisfeitos com esse acordo Brasil-Ucrânia), está havendo uma negociação entre o Brasil e a Ucrânia para que essas partes sensíveis sejam desenvolvidas em conjunto por empresas brasileiras e ucranianas. Se isso for verdade, esse acordo passa a ser realmente interessante para o PEB, no entanto, peço ao companheiro Mileski que nos ajude a esclarecer se realmente se existe algum fundamento nesses rumores.
Abs
Duda Falcão
Brazilian, fui numa palestra de um engenheiro envolvido e o que ele nos disse foi isso mesmo. No papel tem muita coisa bonita, fora dele também.
Mas na prática o que há é uma grande má vontade por parte dos Ucranianos em nos ceder qualquer tipo de conhecimento. Os profissionais brasileiros não terão acesso a nada referente ao foguete Cyclone-4.
Um dos detalhes desse foguete é o seu 3º estágio, que ainda não foi totalmente desenvolvido, (aliás, os Ucranianos não estão prestando conta alguma sobre nada sobre o andamento do projeto e construção do foguete. Essa era uma das reivindicações do Chaves que causaram aquela briga).
Vários tipos de participação o Brasil poderia ter com o foguete, como a participação no desenv. do 3º estágio, desenv. dos sistemas de apoio à operação do foguete, novos motores com novos combustíveis (o atual é um veneno), etc. Ou seja, não participamos de nada nem temos garantia de prestações de contas de nada.
Vou fazer um texto baseado na palestra para um site na Internet. Quando fizer aviso. A realidade desse programa ACS é pra lá de obscura.
abraços
Unidade de Carbono no Palido ponto Azul, apenas para constar e dar alguma explicação, eu (como editor dos comentários às postagens do blog), recusei o seu comentário por que o mesmo tinha conteúdo não comprovado e que poderia trazer problemas ao blog (eventual acusação de calúnia pela parte ofendida). Peço desculpas, mas os comentários são moderados justamente para evitar esse tipo de problema. Peço que não considere isso como uma censura ou qualquer coisa do gênero. André
Olá Raul!
Se as coisas estão acontecendo como o engenheiro divulgou na palestra, realmente é mais uma prova da incompetência gerencial do senhor Roberto Amaral. No entanto, se está em contrato que os engenheiros brasileiros irão participar da integração do foguete na operação de lançamento, os ucranianos têm de cumprir, porque senão a parte brasileira pode denunciar o contrato, pelo menos essa é forma de praxe utilizada internacionalmente nesses tipos de contrato. Fico no aguardo do seu texto, não deixe de avisar por gentileza.
Abs
Duda Falcão
Postar um comentário