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O artigo de Roberto Amaral, reproduzido no blog ontem (17) (veja aqui), tem um trecho que merece ser comentado: "A ACS é uma empresa de transporte espacial que pode, além de atender aos interesses diretos dos dois países, concorrer, com vantagens, no rico mercado de transporte de satélites mundial."
Embora envolva substancial volume financeiro, existem reais dúvidas quanto à suposta "riqueza" do mercado comercial de lançamentos, além de ser reconhecidamente um mercado de altos riscos. A presença do Estado no setor é tida como obrigatória, fato, aliás, comentado semana passada pelo experiente executivo François Auque, CEO da Astrium (fabricante do Ariane 5), em reportagem publicada na Space News:
"Em todo o lugar, lançadores são financiados 100% por governos, embora na Rússia seja talvez 75%, a preços que deixam os fabricantes de lançadores extremamente felizes. Você vê a Boeing ou a Lockheed Martin nos Estados Unidos reclamando dos preços que obtêm para os lançamentos governamentais? Não. Somente na Europa existe esta ideia bizarra de que o setor de lançamentos pode sobreviver com o mercado comercial apenas."
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Um comentário:
Puxa André,
Acho que agora você acertou na mosca. Se a rica Europa está nessa, imagina nós? A Administração política da nação deve olhar para este risco, altamente impactante.
Um abraço,
José Gustavo
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