terça-feira, 1 de março de 2011

Os cortes no orçamento e o Programa Espacial

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Reproduzimos abaixo trecho da matéria "Pastas não sabem que despesas serão cortadas", publicada na edição de hoje (1º de março) do jornal "Valor Econômico", que trata sobre os cortes do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia. O ministro da pasta, Aloizio Mercadante, afirma que projetos estratégicos, como o Programa Espacial Brasileiro serão preservados. O projeto do satélite meteorológico GPM é também mencionado como uma das prioridades.

"O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse ontem, em São José dos Campos (SP), que espera reduzir os cortes necessários na área de recursos não reembolsáveis com a ampliação dos créditos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em R$ 1,9 bilhão.
"O ajuste fiscal é necessário e o ministério vai participar, mas nós queremos priorizar o que é estratégico. O satélite meteorológico que estamos desenvolvendo com a Nasa, por exemplo, é prioridade número um para o ministério", afirmou. No total, segundo o ministro, serão contingenciados R$ 610 milhões, que o Congresso já tinha cortado dos fundos setoriais, e outros R$ 353,6 milhões de verbas para custeio, além de deixar de receber R$ 710 milhões em emendas parlamentares.

Os projetos considerados estratégicos, como o programa espacial brasileiro, segundo ele, serão preservados. "Estamos concluindo as reformas na Base de Alcântara, que ficará pronta ainda este ano e os investimentos no projeto do Veículo Lançador de Satélites (VLS) também serão mantidos", afirmou Mercadante.

O investimento previsto no desenvolvimento do satélite GPM (sigla em inglês para Medida de Precipitação Global) com a Nasa, é da ordem de US$ 70 milhões. Segundo Mercadante, o governo brasileiro está pedindo à Nasa para antecipar em um ano o lançamento do satélite brasileiro, previsto inicialmente para 2015, para apoiar o Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais.

"O grande problema com esse satélite é saber se a Nasa manterá o programa, uma vez que houve corte de US$ 18 bilhões no orçamento da agência e nós não sabemos até que ponto isso vai afetar o projeto", disse o ministro."
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