terça-feira, 22 de março de 2011

Raupp: "A marca do nosso projeto é o atraso"

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Os jornais de hoje (22) trazem alguma repercussão da posse de Marco Antonio Raupp na presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Em reportagem da Folha de S. Paulo (veja aqui), foram reproduzidas algumas declarações do novo presidente, que pretende fazer uma revisão completa do Programa Espacial Brasileiro ao longo do próximo mês. "A marca do nosso projeto é o atraso", afirmou.

Raupp também mencionou a possibilidade de que a iniciativa privada tenha papéis mais significativos no programa. "Empresas como a Embraer, que criou uma filial para defesa, têm tudo para ser integradoras", disse [nota do blog: ver a postagem "Espaço no "radar" da Embraer?"].

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, também fez declarações relevantes, para alguns até surpreendentes. Sobre o acordo com a Ucrânia para a exploração comercial de Alcântara, o ministro deu o tom: "A evolução desse programa depende de eles assumirem a parte deles, tanto na capitalização da empresa quanto no cronograma tecnológico para o Cyclone-4."

Noutra reportagem, da Agência Brasil (ver aqui), foi destacada a possibilidade de que o Brasil assine um acordo de salvaguardas tecnológicas em matéria espacial com os EUA, algo que, como o blog vem abordando há algum tempo, é essencial para qualquer chance de materialização da viabilidade comercial da Alcântara Cyclone Space.

“Nós estamos em novo momento da relação bilateral. Não sinto hoje que a exigência americana seria a exclusividade de lançamento, para nós abdicarmos da parceria com a China, com a Ucrânia e com outros países”, afirmou Mercadante.
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