terça-feira, 30 de agosto de 2011

Euroconsult: 1.145 satélites entre 2011-2020

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A próxima década (2011-2020) deve ter 1.145 satélites construídos e lançados, um número 51% maior do que o da última década, segundo previsão divulgada pela Euroconsult em 25 de agosto. Tais projeções constam do estudo "Satellites to be Built & Launched by 2020, World Market Survey", atualizado anualmente.

Mercado governamental

O total previsto de satéites está avaliado em 196 bilhões de dólares, dos quais 70% podem ser atribuídos à demanda governamental.

"Os governos continuam a dominar o mercado espacial, uma vez que sistemas de satélites são infraestruturas críticas para comunicações e soluções em geo-informação para usuários civis e militares", disse Rachel Villain, diretora da Euroconsult e editora do estudo.

De acordo com as previsões, agências governamentais de 50 países lançarão um total de 777 satélites na próxima década, sendo que 80% desse total virá das seis maiores potências espaciais - EUA, Rússia, Comunidade Europeia, Japão, China e Índia. A Euroconsult espera que cerca de 200 satélites de observação terrestre sejam construídos e lançados na próxima década, dado o crescimento da demanda de tais informações para uma variedade de aplicações governamentais.

A consultoria também identificou uma tendência relacionada às restrições orçamentárias que têm afetado os orçamentos de defesa das grandes potências, principalmente nos EUA e Europa: "Agências de defesa e segurança geralmente preferem sistemas proprietários para comunicações seguras e inteligência em imagens, mas restrições orçamentárias em gastos militares estão levando a busca de mais parcerias público privadas (PPP) e cargas úteis governamentais "hospedadas" em satélites comerciais."

Mercado comercial

O segmento comercial, a previsão é de que sejam colocados em órbita 203 satélites de comunicações em órbita geoestacionária, num valor próximo de 50 bilhões de dólares. Alguns destes satélites já constariam nas carteiras de pedidos dos fabricantes, portanto, não seriam novas encomendas.

Além da órbita geoestacionária, espera-se que haja um impulso em órbitas baixas (LEO) e médias (MEO), com 165 cargas úteis, num valor total próximo de 5 bilhões de dólares. Destes, 3/4 devem ser missões de comunicações (particularmente, de constelações como a Iridium, Globalstar, Orbcomm e O3b), e o restante em satélites de sensoriamento.
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